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quinta-feira, 28 de março de 2024

Greve geral dos profissionais da educação no dia 11

28/10/2016 08h57 – Atualizado em 28/10/2016 08h57

Em Assembleia Geral da FETEMS categoria delibera por Greve Geral no dia 11

Mais de 400 trabalhadores em educação de todo o Mato Grosso do Sul, delegados dos Sindicatos Municipais de base da Federação dos Trabalhadores em Educação de MS (FETEMS), votaram a favor da Greve Geral

Por Leandro Media com informações Karina Vilas Boas – FETEMS

Mais de 400 trabalhadores em educação de todo o Mato Grosso do Sul, delegados dos Sindicatos Municipais de base da Federação dos Trabalhadores em Educação de MS (FETEMS), votaram a favor da Greve Geral que está sendo organizada pelas Centrais Sindicais do país. A mobilização acontece no Brasil todo, no próximo dia 11 e é contra a terceirização, a Lei da Mordaça, a PEC 241, o PLP 257, o PL 4567, a reforma da Previdência, a reforma do Ensino Médio, a flexibilização do contrato de trabalho, a prevalência do negociado sobre o legislado, e em defesa da lei do piso.

De acordo com o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar, a categoria entendeu a importância da mobilização e definiu como serão as atividades. “Deliberamos pela paralisação da educação no dia 11 e vamos realizar atos nas nossas 14 regionais pela manhã e no período da tarde ocorrerão ações municipais, que podem ir desde mobilizações de ruas a audiências públicas sobre o tema da mobilização. Nossa ideia é ocupar todo o Estado com ações que visem conscientizar a população da perda de direitos de toda a classe trabalhadora”, ressaltou.

Além disso, a Assembleia Geral Extraordinária da FETEMS, também tratou de outros temas como:

  • Eleição de delegad@s para o Congresso Nacional da CNTE: Foram eleitos 47 representantes da FETEMS para este momento importante de debate e fortalecimento da nossa Confederação.
    Repasse das Conquistas: A direção da FETEMS repassou as recentes conquistas do magistério explicando ponto por ponto: reajuste de 5,92% referente à política de implantação do piso por 20h; pagamento do retroativo de 11,36% do Piso Salarial Nacional de janeiro em Novembro; chamada dos 140 professores que faltavam para dar os 500 do concurso público, 1/3 da hora-atividade de 2013, referente à ação judicial ganha pela FETEMS, para os professores que estavam em sala de aula, será pago em fevereiro de 2017 a diferença de quem recebeu errado e para quem ainda não recebeu; o 13° salário será pago até 20 de Dezembro e os administrativos da educação terão possibilidade de incorporação do abono, porém essa questão e outros pontos referentes à carreira serão debatidos a partir de Novembro, com uma comissão FETEMS e Governo.
    Conferência Estadual da FETEMS: Será realizada na primeira quinzena de setembro de 2017, em Campo Grande.

Sobre o início do ano letivo 2017:

  • A FETEMS fez um Abaixo-Assinado em todos os municípios, através dos seus sindicatos de base e irá marcar uma audiência, na próxima semana, com a Secretaria de Educação do Estado, para entregar os documentos que deixam claro que a categoria é contrária a qualquer tentativa de iniciar as aulas em Março, por inúmeras questões, entre elas a qualidade de vida dos trabalhadores, que precisam dos sábados para repor as energias e cuidar da saúde. A entidade defende que os trabalhadores se apresentem no dia 1° de Fevereiro e após a organização necessária, o ano letivo se inicie no máximo no dia 6 do mesmo mês.

Reforma do Ensino Médio:

  • O professor Jaime Teixeira, secretário de finanças da FETEMS, fez um breve relato sobre a Reforma do Ensino Médio proposta pelo Governo de Michel Temer. A expectativa do governo é que a mudança já esteja valendo em meados de 2017. A reforma estabelece uma mudança estrutural, uma vez que modifica a base curricular, pedagógica e organizativa do ensino médio. A reforma de Temer não foi discutida com a comunidade escolar, os professores, os estudantes e os especialistas da educação. Trata-se de mudança arbitrária imposta pela força de uma medida provisória sem nenhum diálogo com a sociedade. Por seu caráter autoritário, próprio de um governo ilegítimo, esta reforma merece se nomeada de ditatorial. Um dos destaques da reforma é o aumento da carga horária.

De acordo com o anúncio do governo, ela deve ser ampliada progressivamente até atingir 1,4 mil horas anuais. Atualmente, o total é de 800 horas. O ministro da educação afirmou que a meta é o “ensino em tempo integral”. Segundo o governo, ao diminuir drasticamente o número de disciplinas oferecidas – de treze para sete – o objetivo é incentivar que as redes de ensino ofereçam ao aluno a chance de dar ênfase a suas áreas de interesse. Mais uma vez, o palavreado bonito é acionado para disfarçar as intenções ocultas.

O Brasil é conhecido mundialmente por pagar salários miseráveis a seus professores. Temer quer “escola em tempo integral” sem a contrapartida de mais recursos à educação pública. Isto quer dizer que os professores serão ainda mais esfolados do que são hoje

Greve geral dos profissionais da educação no dia 11

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