No mês de junho, índice ficou em -0,08%, mas no ano a variação é positiva, com grande influência do aumento na energia elétrica
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do País, fechou o primeiro semestre de 2024 com alta acumulada de 2,75% em Campo Grande. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No período, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande tiveram alta. A maior variação foi registrada pelo grupo de educação, de 4,34%.
Dentro deste grupo, houve alta nos preços dos itens de cursos regulares (5,40%), leitura (5,07%) e papelaria (1,89%). Já os cursos diversos tiveram pequena deflação, de -0,07%.
Habitação foi o segundo grupo com maior variação no semestre, de 4,13%. O maior aumento foi na energia elétrica residencial, que acumulou alta de 5,09% nos primeiros seis meses do ano.
O grupo artigos de residência teve variação semestral de 3,41%. Os subitens com as maiores altas foram mobiliário (6,40%) e consertos e manutenção (4,98%). Na contramão, as maiores quedas foram utensílios e enfeites (-2,60%) e cama, mesa e banho (-0,41).
Também houve alta nos grupos de saúde e cuidados pessoais (3,26%), despesas pessoais (2,65%), alimentação e bebidas (2,07%), transportes (2,27%), vestuário (1,86%) e comunicação (0,86%).
A inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 5,52% em Campo Grande.
Junho
Considerando apenas o mês de junho, a inflação registrou queda -0,08% em junho, abaixo do registrado em maio (0,13%). Em junho de 2024, a variação havia sido de 0,29%.
No comparativo entre os meses, a maior variação foi registrada pelo grupo Habitação (0,98%), seguido de Educação (0,36%).
Assim como no resultado do semestre, a alta mensal no grupo habitação foi influenciada pelo aumento na energia elétrica residencial, que registrou alta de 2,80% em junho devido à vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1.
Destacam-se, também, as quedas nos grupos alimentação e bebidas (-0,51%), saúde e cuidados pessoais (-0,44%) e transportes (-0,25%).
País
A inflação do Brasil foi de 0,24% em junho, recuando ligeiramente em relação a maio (0,26%). No ano, a inflação acumulada é de 2,99% e, nos últimos 12 meses, de 5,35%.
O resultado mensal foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial.
“Com alta de 6,93% no primeiro semestre do ano, a energia elétrica residencial tem pesado no bolso das famílias, registrando o principal impacto positivo individual no resultado acumulado de 2025. Esta variação é a maior para um primeiro semestre desde 2018, quando foi de 8,02%”, destaca Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.
Ele relembra a trajetória do subitem em 2025: “no início do ano, com o bônus de Itaipu, houve queda em janeiro, reversão em fevereiro e, depois, bandeira verde. No mês passado, entrou em vigor a bandeira amarela e, agora, a vermelha”.