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sábado, 6 de dezembro de 2025

Diante de colapso, diretora técnica da Santa Casa diz que ortopedia terá que fechar

A diretoria técnica da Santa Casa de Campo Grande emitiu um comunicado alegando que o setor de ortopedia do hospital encontra-se em situação de ‘risco assistencial extremo’ e colapso de capacidade operatória, o que ameaça a vida dos pacientes internados. A nota foi divulgada na tarde desta sexta-feira (5).

Conforme o documento, na quinta-feira (4), a equipe de Ortopedia da SERTOP (Serviços de Traumatologia e Ortopedia) notificou a instituição sobre a intenção de rescindir o contrato vigente no prazo de um mês, devido aos atrasos sucessivos nos pagamentos dos colaboradores. O pedido agravou ainda mais o cenário, já em colapso.

Conforme a diretoria, atualmente existem 81 pacientes aguardando o primeiro procedimento cirúrgico ortopédico. No total, há 142 pacientes internados, sendo a maioria vítimas de trauma. Além disso, a paralisação parcial do serviço de anestesiologia, também causada pelo atraso de pagamento, coloca em risco a manutenção da capacidade cirúrgica do hospital.

“Hoje, os pacientes já internados não conseguem ter seus procedimentos realizados em tempo oportuno, e o número de casos acumulados cresce diariamente, gerando um bônus de gravidade que representa risco direto de morte nos seguintes cenários: infecção generalizada (sepse); embolias pulmonares; perda funcional grave; óbitos evitáveis pela ausência de cuidados definitivos”, cita a diretora.

Paralisação do PS de ortopedia

Dado o contexto da crise, a diretora técnica do hospital, Patricia Leal, cita uma série de medidas emergências que devem ser adotadas, com intuito de preservar a segurança e a vida dos pacientes internados, sendo elas:

  • Interrupção imediata do Pronto Atendimento para casos ortopédicos, vítimas de trauma e politrauma, e restrição absolutas aos novos atendimentos de especialidade de Ortopedia, dada a inviabilidade técnica e operacional de receber novos casos;
  • Redistribuição de todos os pacientes, priorizando-se: A gravidade clínica dos 142 internados;
  • Protocolos emergenciais de transferência imediata e segura para hospitais que disponham de atendimento técnico da anestesiologia adequada;
  • Reorganização urgente dos pacientes aos médicos de outras especialidades, incluindo ortopedia; anestesiologia e outras áreas que se enquadrem em situação crítica, cuja reestruturação interna, como Urologia e Radiologia Intervencionista, integram igualmente papel crítico no manejo de urgências, intercorrências cirúrgicas e suporte clínico avançado.

“Reafirmo que estamos inteiramente à disposição para colaborar e unir esforços para superar essa situação de extrema gravidade”, finaliza a diretora, em comunicado emitido nesta sexta-feira (5).

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