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quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Campo Grande amanheceu sem ônibus após paralisação de motoristas do Consórcio Guaicurus 

Motoristas de ônibus do Consórcio Guaicurus paralisaram as atividades por atraso do adiantamento salarial. Consequentemente, Campo Grande amanhece, nesta quarta-feira (22), sem o transporte público.

Conforme o presidente do STTCU (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande), Demétrio Freitas, o consórcio alegava falta de dinheiro e não tinha previsão de pagamento.

Segundo passageiros, as linhas estão paradas desde às 4h20 da madrugada. Ainda conforme passageiros, os fiscais estariam avisando que o serviço retornaria gradativamente a partir das 6h30.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação do Consórcio Guaicurus, por e-mail e WhatsApp, e aguarda retorno. A Prefeitura de Campo Grande também foi procurada sobre o assunto; o espaço segue aberto.

Condenação

Após confessar erro, o Consórcio Guaicurus perdeu ação para se livrar de multas por irregularidades no transporte coletivo de Campo Grande. Dessa vez, a Justiça negou pedido e mandou a empresa pagar o valor atualizado total de R$ 59,8 mil, além das custas processuais, que ainda serão levantadas pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Recentemente, os empresários do ônibus que detêm contrato de R$ 3,4 bilhões do serviço de transporte público de Campo Grande ameaçaram acabar com os contratos de vale-transporte com empresas públicas e privadas se continuarem recebendo penalidades de forma ‘indiscriminada’, como chamam.

Consórcio descumpre contrato e não paga multa de R$ 12 milhões

Além de rodar com ônibus acima da idade máxima permitida em contrato, o Consórcio Guaicurus descumpre cláusula da concessão que determina contratação de seguro.

Assim, os empresários do ônibus estão ‘enrolando’ por mais de três anos para pagar multa de R$ 12.238.353,86 aplicada pelo município.

À Justiça, a Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) informou que a multa se deu em razão do descumprimento de cláusula contratual por parte do Consórcio Guaicurus. Assim, as empresas de ônibus de Campo Grande, que assinaram o contrato em 2012, não estavam cumprindo a cláusula décima oitava, que obriga a contratação de seguro de responsabilidade civil, geral e de veículos. 

“O Consórcio Guaicurus está inadimplente com o estipulado na Cláusula Décima Oitava, do Contrato n. 330/2012, haja vista que desde setembro de 2016 não realiza a contratação de seguro”, diz a Agereg.

Então, o valor da multa é determinado, conforme o contrato, a partir do cálculo de 5% sobre o valor da receita diária por dia de descumprimento. Logo, a Agereg calculou o montante.

No documento, anexado em março de 2024 nos autos, a Agereg afirma que, até aquele momento — três anos e oito meses após a notificação —, o Consórcio Guaicurus não havia feito a contratação do seguro.

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