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terça-feira, 2 de setembro de 2025

Biosul no Fórum Nordeste 2025: setor em busca de novos mercados e maior valorização do etanol

Presidente da entidade, Amaury Pekelman, participou do painel “Quo Vadis: Rumos do Setor Sucroenergético do Brasil” com apresentação de Plinio Nastari (Datagro), mediação de Eduardo Queiroz (Grupo EQM) e convidados.

O Fórum Nordeste 2025 reuniu nesta segunda-feira (1/9), em Recife (PE), lideranças empresariais, políticas e acadêmicas para discutir os rumos do setor de bioenergia no Brasil. A Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul) foi representada por seu presidente, Amaury Pekelman, que participou do painel “Quo Vadis: Rumos do Setor Sucroenergético do Brasil”. A mesa contou ainda com a apresentação de Plinio Nastari, CEO da DATAGRO Consultoria, mediação de Eduardo Queiroz, presidente do Grupo EQM, e as contribuições de Amanda Gondim (UFRN), José Bolivar Neto (Japungu Agroindustrial) e Rafael Ceconello (Toyota do Brasil).

Na abertura, Nastari apresentou um panorama de tendências globais e nacionais. Entre os destaques, apontou que o consumo mundial de açúcar cresce cerca de 2 milhões de toneladas por ano, com Brasil e Índia como principais polos de expansão. No etanol, projeções indicam que plantas em operação, construção e projeto devem elevar a produção de etanol de milho para 24,7 bilhões de litros até 2034/35, volume próximo ao atual total de etanol de cana.

Biosul no Fórum Nordeste 2025: setor em busca de novos mercados e maior valorização do etanol

Ele avaliou que o déficit de etanol no Norte e Nordeste tende a diminuir até o fim da década, “mas que a competição internacional seguirá intensa”, disse durante apresentação. Nastari ressaltou a importância do RenovaBio, não apenas como instrumento de precificação das emissões evitadas, mas também pela certificação individual dos produtores, fundamental para ampliar o uso do etanol em novos mercados, como SAF, biobunker e bioplásticos.

Em sua participação, Amaury Pekelman reforçou que a prioridade do setor deve ser a abertura de novos mercados internacionais para o etanol, destacando que o biocombustível reúne credenciais ambientais e econômicas capazes de posicionar o Brasil como protagonista da transição energética. Ele ressaltou que, diante da crescente oferta global, é essencial ampliar a inserção do produto em diferentes continentes, valorizando suas vantagens competitivas e seu papel na descarbonização. “O etanol é parte da solução energética global e precisa ocupar novos mercados. Essa é uma agenda que exige atuação setorial articulada e contínua”, afirmou o presidente da Biosul.

Na sequência, Amaury fez uma segunda provocação ao público, defendendo maior valorização biocombustível também no mercado interno. “Por que não chamarmos o nosso produto de bioetanol? É uma forma de reforçar sua identidade como renovável, limpo e estratégico e incluir no próprio nome os atributos ambientais”, completou.

A abertura do fórum contou com autoridades como o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, o anfitrião do setor de bioenergia, Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar-PE e da Novabio, entre outros. Os discursos ressaltaram a relevância da bioenergia para o protagonismo do Brasil nas discussões climáticas, especialmente no caminho até a COP30, marcada para novembro de 2026 em Belém (PA). No decorrer da programação, o evento abordou ainda sobre a relação Brasil – Estados Unidos no mercado de biocombustíveis, o avanço do etanol de milho, as oportunidades do biometano e novas perspectivas de financiamento para a bioeconomia.

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