Em todo país, crédito aprovado no Plano atingiu R$ 10 bi. Maior parte dos recursos foi para investimentos em instalações e máquinas.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é uma empresa pública federal brasileira, vinculada ao Ministério da Economia, que atua como principal instrumento de execução da política de investimentos do Governo Federal.
Para Mato Grosso do Sul, o BNDES alcançou R$205 milhões de aprovações de crédito do Plano Safra 2025/26.
Em todo o país, o volume aprovado chegou a R$10 bilhões. Grande parte destes recursos foi para investimento em instalações e máquinas, R$7,3 bilhões.
Para os agricultores familiares, micro, pequenos e médios produtores rurais e cooperativas, foram aprovados 9,1 bilhões. Os recursos começaram a ser disponibilizados em 17 de julho.
A aprovação envolveu recursos equalizados dos Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF) – como o Pronaf, o Pronamp, o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) – e do BNDES Crédito Rural, que foi de R$ 812 milhões.
Foram recebidas 39 mil operações, sendo 24 mil para investimento, por meio de 24 agentes financeiros credenciados, em mais de 20 linhas de financiamento. Cerca de 70% dos recursos foram operados por bancos cooperativos e cooperativas de crédito, num total de R$6,9 bilhões.
Essa forma de operação, através de instituições parceiras, facilita uma descentralização na distribuição dos recursos por todo o país, atingindo 93% dos municípios brasileiros, tornando mais fácil o desenvolvimento e a execução da política pública de apoio ao setor.
“Esse desempenho mostra a alta demanda por recursos e a capacidade do BNDES em atender, com agilidade e eficiência, este setor que é um dos principais motores do desenvolvimento econômico. Em 2025, sob orientação do presidente Lula, o orçamento disponibilizado para o BNDES no Plano Safra foi o maior registrado, um total de R$70 bilhões. São recursos que atendem grandes e pequenos agricultores e mostram o nosso compromisso com o setor agropecuário sustentável e inovador. Dos R$10 bilhões aprovados até agora, cerca de R$3,3 bilhões foram para a agricultura familiar”, afirma Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
70 bilhões em recursos
No Plano Safra 2025/2026, o BNDES vai disponibilizar R$70 bilhões para financiar investimentos da agricultura brasileira, entre o dia 01 de julho de 2025 e 30 de junho de 2026. O valor é o maior já disponibilizado pelo Banco ao setor agropecuário, sendo 5% acima do valor do Plano Safra do último biênio e 180 % maior que o disponibilizado pelo BNDES no Plano Safra 22/23.
Ao todo, serão R$39,7 bilhões em recursos equalizáveis que poderão ser acessados por meio de Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF), 19% a mais em relação ao ano anterior. Tais programas contam com prazos, taxas e orçamentos determinados.
Destes, serão R$26,3 bilhões para médios e grandes produtores da agricultura empresarial, com taxas de juros entre 8,5% e 14% ao ano, e R$13,4 bilhões para pequenos produtores da agricultura familiar, com juros entre 0,5% e 8% ao ano.
Já para a aricultura empresarial, os recursos serão oferecidos por meio de 9 programas, entre eles, Moderfrota, Pronamp, Renovagro, Inovagro, Proirriga, Prodecoop e PCA; e para a agricultura familiar, o BNDES opera com diferentes linhas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
No Plano Safra 2025/2026, serão destinados R$13,4 bilhões para o Pronaf, aumento de 9% em relação ao montante operado pelo BNDES no Plano Safra passado.
Plano Safra
O Plano Safra é um programa anual do Governo Federal que direciona recursos financeiros a fim de apoiar a produção agropecuária através de um crédito rural, com condições especiais de juros, prazos e garantias.
Tem o objetivo de alavancar a atividade agropecuária no país, atendendo desde pequenos produtores até grandes empreendimentos.
No início do mês de julho, o presidente Lula anunciou o valor de R$516,2 bilhões para financiamento da agricultura e pecuária empresarial no País, que apoia grandes e médios produtores rurais. O valor é R$8 bilhões maior com relação à safra do ano passado.
Do total disponibilizado neste Plano Safra, R$414,7 bilhões serão para custeio e comercialização, com taxas de juros de 10% ao ano para os produtores do Pronamp e de 14% ao ano para os demais produtores; e R$101,5 bilhões para investimentos, com taxas de juros que variam entre 8,5% ao ano e 13,5% ao ano.