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quarta-feira, 16 de julho de 2025

Plano Safra: MS pode ter R$16 bilhões disponibilizados pelo Banco do Brasil na próxima safra

O Banco anunciou que vai disponibilizar um total de R$230 bilhões para o Plano, um aumento de 2% com relação à safra anterior.

Na manhã da última terça-feira (15), o Banco do Brasil anunciou que vai disponibilizar R$230 bilhões para o financiamento do Plano Safra de 2025/2026. Isso representa um acréscimo de 2% em relação ao valor disponibilizado pela instituição a nível nacional na safra de 2024/2025, que foi de R$225 bilhões. 

O valor total do Plano Safra voltado à agropecuária empresarial anunciado pelo Governo Federal no início do mês de julho foi um montante de R$516,2 bilhões, que engloba investimentos de várias agências bancárias através de linhas de crédito. 

O superintendente regional do BB, Omar de Vasconcelos, explicou que não existe um valor fixado para Mato Grosso do Sul dentro do Plano, mas sim, uma projeção em cima do valor global, que fica entre 5% a 7%. 

Caso chegue ao índice máximo, o estado pode dispor de uma quantia de R$16,1 bilhões apenas no montante do Banco do Brasil para financiamentos da próxima safra. 

No último ano, o valor investido pelo BB foi de R$225 bilhões, dos quais, foram contratados por Mato Grosso do Sul, R$12,7 bilhões, o que correspondeu a 5% do total. 

Destes, R$250 milhões foram destinados à Agricultura Familiar, que são os pequenos e microprodutores rurais. Foram beneficiadas, pelo menos, 1.650 famílias. 

A Agricultura Empresarial, que são os médios e grandes produtores, contratou R$12,4 bilhões, sendo R$9 bilhões para custeio, R$1,7 bilhão em investimentos e R$1,7 bilhão para comércio. 

O governo do Estado de Mato Grosso do Sul foi representado no evento pelo secretário -executivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, que disse que os produtores terão meios para “driblar” o aumento do juros causado pela elevação da taxa Selic, podendo ampliar a margem de lucratividade com maior produtividade. 

Uma dessas maneiras de garantir juros mais baixos é através de práticas sustentáveis na agricultura, como o plantio direto na palha, uma técnica utilizada em Mato Grosso do Sul há décadas. Essa técnica ajuda a fixar o carbono no solo e, consequentemente, impede a emissão de gases poluentes na atmosfera. 

“Nós precisamos dessas práticas sustentáveis, buscamos ser Estado Carbono Neutro até 2030, de modo que esse incentivo do Plano Safra vem ao encontro das metas ambientais de Mato Grosso do Sul”, afirmou Beretta. 

O encontro aconteceu na agência do Banco do Brasil localizado na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande. Também estavam presentes o secretário executivo da Agricultura Familiar, dos Povos Originários e das Comunidades Tradicionais da Semadesc, Humberto Melo; o diretor presidente da Agência Estadual de Vigilância Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Daniel Ingold; a superintendente estadual do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Marina Viana; o superintendente estadual de Pesca, Marcelo Heitor; e o superintendente do Sebrae/MS (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas), Cláudio Mendonça, entre outros convidados. 

Plano Safra
O Plano Safra é um programa anual do Governo Federal que direciona recursos financeiros a fim de apoiar a produção agropecuária através de um crédito rural, com condições especiais de juros, prazos e garantias. 

Tem o objetivo de alavancar a atividade agropecuária no país, atendendo desde pequenos produtores até grandes empreendimentos. 

No início do mês de julho, o presidente Lula anunciou o valor de R$516,2 bilhões para financiamento da agricultura e pecuária empresarial no país, que apoia grandes e médios produtores rurais. O valor é R$8 bilhões maior com relação à safra do ano passado. 

Do total disponibilizado neste Plano Safra, R$414,7 bilhões serão para custeio e comercialização, com taxas de juros de 10% ao ano para os produtores do Pronamp e de 14% ao ano para os demais produtores; e R$101,5 bilhões para investimentos, com taxas de juros que variam entre 8,5% ao ano e 13,5% ao ano. 

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