20/07/2019 15h49 – Atualizado em 20/07/2019 15h49
Bancada de MS terá que “brigar em Brasília” para garantir hospital da mulher e da criança
Por André Bento – Dourados News
A bancada federal de Mato Grosso do Sul terá que brigar muito em Brasília para garantir a conclusão do Hospital da Mulher e da Criança em Dourados. Essa avaliação é do secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, que manifestou preocupação com o bloqueio feito pelo Ministério da Economia de R$ 20 milhões que seriam destinados à obra.
Neste sábado (20), pouco depois de licenciar-se do mandato de deputado federal que ocupou por um dia, ele declarou ao site Dourados News que metade dos R$ 10 milhões sob responsabilidade da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) está garantida, mas para os trabalhos continuarem a bancada terá que trabalhar pela liberação da outra parte e de R$ 6 milhões adicionais para concluir a primeira etapa, orçada inicialmente em R$ 36 milhões.
Essas informações foram apuradas pelo secretário em conversa com o general Oswaldo de Jesus Ferreira, presidente da Ebserh, gestora do HU-UFGD (Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados), onde será instalada a unidade da Mulher e da Criança.
“Minha preocupação é que tenhamos esses recursos adicionais para terminar essa etapa. Foi garantido pelo presidente da Ebserh que dos R$ 10 milhões que havia compromisso, vai liberar R$ 5 milhões agora para obra ter continuidade e a bancada vai trabalhar para liberar os outros R$ 5 milhões e os R$ 6 milhões adicionais para concluir a primeira etapa que custará em torno de R$ 36 milhões”, detalhou Geraldo.
Segundo ele, a princípio esse bloqueio de R$ 20 milhões anunciado pela União não deve afetar os trabalhos. “Isso é normal em todo governo. O governo faz contingenciamento no início do ano e verifica com estão se comportando as receitas e despesas. Se estiver indo bem ele libera no final do ano os recursos adicionais. No caso do corte da emenda não impositiva, basta a bancada que tem preocupação com Dourados poder fazer a recomposição dessa emenda para que, no final do ano, se houver bom comportamento da receita, ser possível solicitar que ela seja empenhada”, detalhou.
Gerado afirma que dos R$ 20 milhões obtidos através de emenda nos últimos anos do mandato anterior, apenas R$ 6 milhões estão disponíveis atualmente, situação que preocupa porque a obra entra em fase de mais gastos.
“Estou preocupado sim, estive inclusive com a senadora Soraya Thronicke [PSL]. Tenho buscado agora na minha ausência em Brasília, já que optei por servir ao Mato Grosso do Sul como secretário de Saúde atendendo convite do governador, que a senadora Soraya Thronicke fosse a madrinha do Hospital da Mulher e da Criança. Ela esteve comigo e está assumindo essa luta para que a gente possa terminar a primeira etapa da obra que está em andamento”, declarou.
Mesmo com as obras em estado avançado e a previsão de concluir a primeira etapa em 2020, Geraldo diz ser fundamental o empenho da bancada federal. “São R$ 20 milhões contingenciados, mas esse recurso pode ser trabalhado para que empenhe parte para licitação e conclusão da segunda etapa e conclusão. A obra está bastante avançada e espero que até meados do ano que vem seja concluída se a gente tiver os recursos pleiteados em Brasília”, opinou.
