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terça-feira, 19 de março de 2024

Policial é demitido após criticar corrupção em MS e acusa Reinaldo de perseguição

17/07/2020 20h04 – Atualizado em 17/07/2020 20h04

Policial é demitido após criticar corrupção em MS e acusa Reinaldo de perseguição

Resolução desliga Tiago Henrique Vargas da Polícia Civil em um dos processos disciplinares que ele responderia

Por Guilherme Cavalcante Midiamax

Foi publicada no DOE (Diário Oficial do Estado) desta sexta-feira (17) a demissão do investigador de Polícia Judiciária Tiago Henrique Vargas. A decisão consta na Resolução “P” Sejusp-MS n° 343/2020, assinada pelo secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira.

Tiago atuava como investigador da Polícia Civil e era lotado na cidade de Pedro Gomes, a cerca de 310 km de Campo Grande. Ele ficou em evidência quando envolveu-se em polêmica por criticar, em suas redes sociais, o deputado federal Eliseu Dionísio (PSDB), no ano de 2017. A partir do episódio, o investigador foi transferido, à revelia, de Campo Grande para o município de Pedro Gomes. Tiago sustenta que a mudança era retaliação por suas manifestações na internet contra o parlamentar.

A publicação desta sexta-feira ocorre cerca de três anos do episódio e não é clara se há relação com a postura de Vargas nas redes sociais. Conforme a resolução, o agora ex-investigador da Polícia Civil teria infringido a Lei Orgânica da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, com “transgressões de natureza grave”.

A base legal da demissão aponta, por exemplo, que Vargas desobedeceria preceitos éticos e atos normativos da corporação e não cumpria o princípio da hierarquia funcional, dentre outros, como no desrespeito ao inciso XXX do artigo 156 da Lei Orgânica (simular doença para esquivar-se do cumprimento do dever) e o inciso IV do artigo 172 (ameaça ou ofensa física contra superior hierárquico, funcionário ou particular).

A decisão publicada em resolução nesta sexta-feira diria respeito a um de dezenas de processos disciplinares promovidos contra Vargas na Corregedoria da Polícia Civil. A reportagem entrou em contato com o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de MS), que afirmou estar tomando ciência da decisão para se pronunciar.

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